quarta-feira, dezembro 14, 2016

A Gala

Vi, finalmente, a gravação da Gala do Vitória.
E por isso só agora deixo aqui uma opinião desejavelmente construtiva sobre aquele que considero ter sido um bom momento de afirmação vitoriana.
Teve pontos muito positivos e outros a pedirem melhorias nas próximas edições para que a Gala possa ser cada vez melhor.
Do que gostei:
Da Gala em si.
Um espectáculo bonito, bem apresentado, com ritmo e animação que constituiu um inequívoco momento de afirmação e prestigio do clube.
Da transmissão pelo Porto Canal que deu visibilidade à Gala,e a levou a muitos milhares de pessoas (incluindo vitorianos mas a isso me referirei adiante) que de outra forma a ela não teriam assistido, o que foi importante numa estratégia de divulgação e engrandecimento do clube.
Da generalidade das homenagens prestadas, a pessoas que nas suas actividades serviram e servem o clube, mostrando que a gratidão e o reconhecimento são características do nosso clube e pilar da sua grandeza.
Gostei especialmente, sem desprimor por qualquer dos outros, de ver homenageados homens como Fernando Vasconcelos, Manuel Freitas Mendes, José Freitas e Novais de Carvalho a quem conheço e reconheço a actividade de muitos anos em prol do Vitória.
Da adaptação para orquestra do Hino do Vitória (o hino do Dino é claro) que ficou muito bem.
Do discurso de Júlio Mendes, curto e conciso, passando todos as mensagens que eram importantes passar ,no contexto dos apoios ao clube, e com os destinatários bem perto.
Do que não gostei:
De os adeptos não terem entrada livre como sempre aconteceu nas sessões solenes de aniversário do Vitória. Havia certamente soluções que impedissem essa exclusão que não ficou nada bem. Esperemos que para o ano, conforme promessa do presidente do clube, não se repita esse momento profundamente desagradável.
Pareceu-me francamente mal, e desnecessário, que os galardoados com os emblemas de 25 e 50 anos de associados tivessem de ir levantar os seus convites (??) durante a tarde do dia da Gala.
Obrigou-os a duas deslocações quando existiam certamente outras soluções mais simples e menos penalizadoras para quem ia ser homenageado e ,nalguns casos, tem já uma idade que dificulta a  sua mobilidade.
Não gostei, sem me admirar nada com o facto, da ausência do presidente da FPF e do Presidente da LPFP sempre tão assíduos a galas de outros emblemas. Ficou-lhes muito mal!
Achei deplorável, mas a responsabilidade é exclusivamente do próprio, que um dos artistas convidados para a Gala do Vitória tenha ido falar da satisfação por um triunfo seu clube que em nada era para ali chamado. Espero que não volte a ser convidado até porque em Guimarães não faltam  artistas vitorianos que terão muito gosto em actuar na Gala do "seu" clube.
Em suma, e para concluir, reitero que a Gala foi um excelente momento de afirmação vitoriana, um evento que muito prestigiou o clube e cujas próximas edições deixam já uma expectativa muito positiva desde que corrigidos os tais detalhes que correram menos bem.
Depois Falamos.

7 comentários:

Anónimo disse...

Caro Luís Cirilo.

Se me permite, além do que apresentou no post, apresento os aspectos que não gostei.

1. De ver o Júlio Magalhães (portista do porto canal) entregar prémios.

2. De saber que o Emídio Guerreiro apenas é o sócio 7 mil e tal (há cerca de 13 ou 14 anos)... se eu fosse galardoado a seguir a ele, perguntava-lhe o que clube que apoiou antes de ser sócio do VSC.

3. De saber que Manuel Mendes é o sócio 14 mil e tal (sócio há cerca de 5 ou 6 anos)... se eu fosse galardoado a seguir a ele, perguntava-lhe o que clube que apoiou antes de ser sócio do VSC.

4. Não gostei de ver o presidente ler o discurso pelo tablet. Gostava de ver garra em "direto", mas será que isso ainda existe em Portugal???

5. Continuo a não gostar de ver o Neno no VSC. É um bom benfiquista disfarçado que vai levando a vida...

6. Não gostei de ver o "novo" hino do Zé Miguel (vai estrear com o jogo com o maior clube de Lisboa... nem devia estrear, quanto mais com estes...). O hino com que todos se identificam é o do Dino. Anos 80? Ai que saudades dos branquinhos...

7. Não gostei da interpretação do hino pela orquestra. O hino é do Dino... não há invenções como a direção quer fazer. Para mim identifica-se perfeitamente com o VSC e deve ser passado às gerações mais novas custe o que custar. Senão perdemos identidade...

8. Não gostei de ver convidados portistas na plateia e os sócios não puderam assistir... onde é que já vi isto? Os sócios são bons para pagar cotas a horas...

9. Se fosse com um presidente vitoriano, quando o tocador de piano referiu o clube que ele tanto gosta, o piano tinha ficado sem pilhas passado uns minutos... era tipo a retrete do quarto de banho que ficou hipotecada no clube dele... enfim... vamos andando enquanto houver gente que não se verga em Guimarães... e vai educando os seus filhos o que é o Vitória. No meu caso, sempre que aparece azul, vermelho e verde (excepto Moreirense) na TV o meu filho já sabe o que tem de responder. Se assim não for é completamente engolido por esta podridão!

Deixo um desabafo... será que um dia vamos ter um presidente (Luís Cirilo?) ao estilo Pimenta Machado, versão 1980-1995? Pelo menos batíamos o pé...


Fernandes.

Saganowski disse...

Apesar de estar fora de Portugal, tive a oportunidade de ver a Gala do Vitória na tv, através da transmissão em directo (e em HD!) do Porto Canal (sem ser via fornecedores de cabo portugueses, o que mostra que um canal como este tem possibilidades de expansão no exterior, que o Vitória deve aproveitar para se expandir também!).

Gostei muito do que vi.
Uma boa organização, uma gala divertida (a presença de Herman José abrilhantou o espectáculo e pôs a fasquia bem elevada para o próximo apresentador!), feita com gente da casa (tirando aquela última excepção da Marta Ren) e onde o vitorianismo foi bem representado e premiado.

Uma menção muitíssimo especial à Orquestra de Guimarães. Abrilhantou o espectáculo, tal como já o tinha feito semanas atrás no concerto de António Zambujo. Provou que se pode fazer muito boa música com poucos recursos e, sobretudo, com maestros e músicos de Guimarães!

Foi pena que muitos dos lugares estivessem vazios, principalmente nas cadeiras mais à frente. Um aspecto a rever no futuro, dado que muita gente que não pôde entrar poderia ter ocupado os lugares deixados vagos.

O local pareceu-me perfeito. Sou da opinião que deve ser um espaço a manter para futuras Galas, pois tem as condições ideais. Sítios maiores, com mais lugares sentados, poderão tirar a esta Gala o cariz familiar do evento.

A Direcção está de parabéns e deve continuar com este modelo de Gala!

luis cirilo disse...

Caro Fernandes:
Comentando,ponto por ponto, os seus comentários:
1) A partir do momento em que o Porto Canal decidiu transmitir a Gala, o que foi excelente para o Vitória, percebo que se tenha esse gesto de cortesia. O Júlio Magalhães é portista mas é uma pessoa civilizada e que respeita os outros clubes. Por mim nada a opor.
2) Eu também gostaria que tivesse um número mais antigo. Mas não tem. Quanto ao resto ele nunca escondeu que é sportinguista mas é igualmente verdade que ajudou o Vitória numa fase difícil.
3) Não sabia que ele é sócio tão recente mas isso não invalida que seja vitoriano e tenha associado sempre o Vitória à sua medalha paraolimpica.
4) Eu também gostaria de ter visto um discurso com outra garra e outra emoção. Mas já que a forma não foi a melhor valorizemos a essência que foi correcta.
5) Completamente em desacordo. Neno é uma enorme mais valia para o Vitória e um homem que tem prestado bons serviços ao clube. O ter jogado no Benfica não invalida que seja vitoriano.
6)Não conheço nenhum hino de nenhum Zé Miguel. O hino do Vitória é o do Dino Freitas.
7)Eu gostei. Achei adequado à Gala. Claro que no estádio o que deve passar é o hino cantado.
8) Não há Galas e festas de aniversário do Vitória onde os sócios não possam estar. O acontecido este ano foi um grande erro que espero que nunca mais se repita.
9)Esse episódio foi lamentável e o artista convidado faltou ao respeito a quem o convidou. Por mim era vetado para todo o sempre. Não faltam artistas vitorianos que gostariam de actuar na Gala do Vitória.
Quanto ao resto eu também fui assim educado, assim eduquei os meus filhos e tenho a certeza que o meu filho mais velho educa assim o meu neto. Vitória e só Vitória.
Em relação ao seu desabafo direi apenas que o Vitória é um clube com uma forte ligação à História de Portugal, tem D.Afonso Henriques no símbolo , no nome do estádio(por escolha dos sócios) e numa estátua à porta do mesmo estádio (óptima ideia)o que significa que os vitorianos se reveem em lideranças fortes, combativas e conquistadoras.

Rui Cordeiro da Silva disse...

O Júlio Magalhães a entregar prémios do VSC? Eu sei que ele trabalha para o canal que transmitiu a Gala, mas não devíamos ter aceitado isto!
Nestas "pequenas" coisas se vê a identidade de um clube!

O Rui Massena calado é um poeta!
Até podia ter actuado e falado da relação que tem com Guimarães. Agora, o comentário sobre o clube dele é que era desnecessário!

O Hino do Vitória é o "Hino do Dino", versão anos 80! O resto é treta!
Nisto também se vê a identidade de um clube e é isto que se passa para as gerações vindouras! Os atletas e dirigentes passam, mas o clube e a sua identidade fica!
E isso é que conta!

Quanto ao resto, gostei muito da Gala!

luis cirilo disse...

Caro Saganowski:
De acordo excepto quanto à manutenção do lugar.
Pela simples razão de que não tem espaço para os sócios.
E o Vitória é um clube com adeptos e esses adeptos desde sempre assistiram às sessões solenes de aniversário do clube.
Caro Rui Cordeiro da Silva:
Não me chocou que Júlio Magalhães entregasse o troféu atendendo a ser o director geral da televisão que transmitiu o evento. Foi uma cortesia do Vitória perfeitamente compreensível.
Rui Massena foi muito infeliz. Devia levar uma suspensão de pelo menos 10 galas.
Quanto ao hino é assunto que nem tem discussão. O hino do Dino é o Hino do Vitória.

Anónimo disse...

Sobre o Hino, não sei de que falam. O que foi apesentado na gala foi uma musica muito bem feita do Vitoria, que não vem substituir nada nem ninguém. è um estilo da musica do Sporting do My way do Sinatra, que ao que sei não substitui o Hino do Sporting.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Foi também esse o meu entendimento.